Eu estava em casa me contentando em ler a Super Interessante, quando o Morto me ligou. Me convidou para ver "O Grande Truque", filme que entrou em cartaz semana passada, aqui em Porto Alegre.
Eu ganhei dois ingressos para esse filme em uma promoção e, por causa disso, tinha feito um comentário com ele a respeito do mesmo. Fato é que eu havia convidado o Cavanha para ir ao cinema, aproveitando os tais ingressos, mas ele tinha um trabalho para entregar e acabou não podendo ir.
Então, o Morto apareceu aqui em casa, lá pelas seis e meia (a sessão era às sete e quinze). Ele me disse que estava completando "um ano e onze meses de namoro com a Big", sendo essa a justificativa para o cinema. Quando estávamos a caminho do fórum, - onde a Big trabalha - encontramos o Eduardo. Nós o convidamos para ir ver conosco o filme. Mas ele disse que "tava sem grana". Bom, como o Cavanha não pode ir e eu estava com dois ingressos no bolso, ofereci um à ele, ele aceitou e entrou no carro.
Chegamos por volta das sete horas no fórum. A Big estava com cara de poucos amigos, por que ela "estava parada ali há quarenta minutos". O Morto pediu desculpas e disse que eu era o culpado pelo atraso. Eu reclamei um pouco, mas no fundo era verdade mesmo (eu tinha levado, pra variar, meia hora no banho).
Não perdemos muito do começo do filme, principalmente porque existem muitos "flash-backs" no decorrer da exibição. Aliás, é agora que eu começo realmente o tema deste "post".
Eu não estava muito empolgado com a possibilidade de ver este filme, mesmo que eu tenha ganho os ingressos. Li numa resenha do Terra, que o filme não era muito bom - pelo menos era o que dava a entender essa resenha. O Cavanha também havia corroborado esses comentários. Fato é que tive uma ótima surpresa!
É triste que esses críticos de cinema não saibam apreciar um bom filme. A ordem e lugar comum é esculhambar tudo e todos, mesmo que se trate de um clássico ou de um grande filme, que é este caso.
A premissa é a seguinte: dois promissores mágicos/ilusionistas, confrontam-se e boicotam-se após a morte acidental e trágica da mulher de um deles, em um número conjunto, que ambos faziam no começo de suas carreiras. O tema pode parecer meio bobinho e pueril, mas dá pano pra manga. Em tempo: pra manga, pro colarinho, pros bolsos...
A atuação de todos os atores (Christian Bale, Hugh Jackman, David Bowie, Scarlett Johansson e Michael Caine) está excelente. A atmosfera do filme é sombria em noventa por cento do tempo - o que cria o clima ideal para a trama. A trilha sonora também é bem adequada. Dito isso, por que o filme seria ruim? Talvez porque o resenhista não tenha entendido, em absoluto, pacavinas do que estava sendo exibido na telona. Eu juro que é a última vez que acredito no que leio nas resenhas de cinema...
Possivelmente, este é um dos filmes mais divertidos que vi este ano. Pode ser que eu esteja profundamente equivocado mas, sinto cheiro de Oscar no ar. "O Grande Truque" talvez seja surpreender uma platéia que tenha se decepcionado antes mesmo de entrar na sala de cinema, devido às críticas implacáveis mas incorretas que foram feitas sobre ele.
Como é dito no próprio filme: "um truque de mágica é composto em três momentos:a promessa, em que o ilusionista apresenta um objeto comum em circunstâncias idem; a virada, em que algo de extraordinário acontece; e o grande truque em que o ciclo se fecha e a platéia se pergunta como ele conseguiu fazer aquilo".
Ontem terminei de ler o "Marley & Eu: A vida e o Amor ao Lado do Pior Cão do Mundo" de John Grogan. Inicialmente, eu havia achado a narrativa meio fraca (partindo do princípio que o autor é um jornalista com certo reconhecimento nos EUA). Mas, a história é tão tocante que afinal, isso não importa nem um pouco.
O livro fala sobre Marley, um labrador de quase 50 quilos com energia inesgotável. Ao longo dos anos, o laço de amizade entre o cão e toda a sua família é formado e, apesar de alguns incidentes, torna-se cada vez mais forte. O livro fala sobre esse amor incondicional que os cães em geral possuem por nós. Para quem gosta de animais, é um ótimo livro - um tanto melodramático no final.
Aliás, enquanto eu o lia, notei algumas semelhanças incríveis com a minha cadela SRD (sem raça definida), a Xer: a alegria em nos ver, os saltos que ela dá em cima de todo mundo (mantendo-se sobre as patas traseiras e extendendo as dianteiras sobre os ombros ou o peito da pessoa), quando ela se joga sobre nossos pés de barriga para cima e sacudindo o rabo... Enfim, ela é muito mal educada também!
É muito legal ver que, apesar dos pesares, essa família americana soube como lidar com este desajeitado e bagunceiro amigo, não abandonando-o como acontece com a maioria dos animais um pouco mais excêntricos do que o convencional.
segunda-feira, novembro 13, 2006
A morte bate a sua porta...
Eu tive uma impressão - ruim, talvez - neste último finados: a de que ter um ente querido, amigo, parente ou mesmo conhecido, numa cova, é "cult". Claro, essa observação beira o extremismo e é um tanto generalizada, mas acho que qualquer um compreende a referência.
Já acho um tanto desnecessária a data em memória dos mortos - afinal, imagino que qualquer ser gostaria que se lhe lembrassem de seus feitos durante sua vida e não de seu cadáver putrefeito somente! A memória de uma pessoa deveria permear a vida das outras em todos os momentos - uma marca indelével no dia-a-dia de seus próximos; aquela coisa da influência: como você lembra de textos e citações de seu autor favorito, trechos de filmes e músicas que lhe são agradáveis, e outros pormenores que trazem riqueza ao seu cotidiano...
Fato é que fazer cara de consternado no finados é "chic". Não é permitido um sorriso amplo no cemitério - mesmo que o defunto em questão seja um tremendo fanfarrão. Pior do que sorrir num cemitério é não ter que ir ao cemitério! É gafe! Se ninguém muito querido a ti chegou ao final - fato muito comum a todos os seres pluri-celulares - da vida, você não possui uma carga emocional convincentemente forte, que o eleve ao nível de "pessoa sensível". Se alguém próximo a ti morreu de fato, e tu não fostes ao cemitério, és um insensível incorrigível (ou talvez tu não gostes deste ambiente funesto, não é mesmo?).
A morte de alguém trás uma carga de tristeza intrinseca, mas isso não quer dizer que essa pessoa precise ser lembrada de maneira triste e, pior ainda, somente no dois de novembro. Também o fato de uma vida ligada a ti ter se esvaído, não aumenta a tua presença de espírito ou torce o prisma que tu tens sobre a vida. Talvez uma perda te faça pensar sobre alguns aspectos que outrora eram deixados prá depois (a morte de alguém nos faz pensar que nós também somos mortais), mas se tu não souberes racionalizar a experiência, será apenas esse jogo de faz de conta.
Se realmente existe uma vida após a morte, os espíritos devem olhar aqui para baixo (ou para cima) e pensar:
- Quanta futilidade e hipocrisia! Quando em carne, eu não me lembro de ser tão amado...
Outro dia eu estava vendo um filme (na verdade documentário) chamado "Quem somos nós?", que trata sobre aquelas questões do tipo "quem somos, de onde viemos e para onde vamos". Buenas, o documentário é interessantíssimo por que não é um blá-blá-blá sem noção: tudo que é dito no decorrer do filme tem fundamentação em teorias da física quântica.
Em determinado momento do filme a protagonista tem que ir para um estúdio de fotografia, onde ela trabalha. Ela, enquanto aguarda o metrô na estação, vê uma exposição de fotos que segue a seguinte premissa: todas as palavras, sentimentos ou pensamentos geram algum tipo de energia - positiva ou negativa, para o bem ou para o mal - que influenciam de forma direta e visível as moléculas d'água de garrafas que foram submetidas a um experimento. Este, consistia em se escrever palavras (ou, como demonstrado no filme, o "chi do amor") em um pedaço de papel e deixá-lo em contato com a água por 24 horas.
Vendo as modificações nas moléculas d'água, a protagonista fica estupefata. Nisso, um outro transeunte que também via a exposição comenta: "Se as palavras fazem isso à água, imagine o que podem fazer a nós!". E claro que existe um embasamento científico nisto: Nosso corpo é composto por 70% de água, não se esqueça!
Então... Não sou um cara lá muito otimista mas, há algum tempo, eu tinha elaborado uma lista em um arquivo de texto com as minhas prioridades e tal. Outro dia eu estava pensando sobre isso e me dei conta de que quase TUDO o que constava naquela lista eu consegui: uma bicicleta, alguns cds, livros, o curso de eletrônica que estou fazendo... Enfim! Foi algo positivo, sem dúvida!
Se isso é por causa da "força do pensamento positivo" ou se simplesmente se deve à organização e método - aquela história do curso de administração - não vem ao caso. O que interessa é que resolvi criar uma nova seção aqui, com o nome de "wishlist", para postar esses meus desejos!
Além disso, o final do ano está aí... Se alguém da minha família vir essa seção, é uma lista de presentes em potencial!!
segunda-feira, novembro 06, 2006
O Brasil e a corrupção
Recebí hoje por e-mail, o relatório anual dos índices de percepções sobre corrupção em diversos países, sendo esta relação elaborada por "Transparency International", que durante as eleições deste ano, sob a alcunha de "Transparência Brasil", fez um excelente trabalho de denúncia pública sobre inúmeros candidatos aos cargos de deputado estadual, federal e senador - embora alguns dos corruptos combatidos tenham sido, infelizmente, eleitos...
Neste relatório - que está disponível na seção "outros" - o Brasil ocupa a 70ª posição. Mas isso não quer dizer que o Brasil é o "70° país mais corrupto no mundo", e sim que o Brasil é o "70° país mais honesto no mundo". Isso numa lista de 163 países...
Com relação ao ano passado, o Brasil caiu 5 posições, embora o próprio relatório seja permeado por observações quanto aos critérios e valores adotados pelo ranking. De qualquer maneira, é uma ferramenta excelente de avaliação e auto-crítica e sabendo-se utilizar os dados disponibilizados, é possível contestar alguns argumentos políticos ou simplesmente consternar-se com esse "mundo podre" em que vivemos.
sábado, novembro 04, 2006
Mais fotos do gatinho e outras coisas mais...
Buenas... Ao término da primeira semana, o filhote demonstra estar se adaptando muito bem. Não só ele como o Vacão também está se acostumando com a sua presença. Adicionei mais algumas fotos dele (e algumas do Vacão e do Tutuco que são os outros gatos que moram aqui). Acho que vou tirar algumas fotos da Xer (a cadela que mora aqui) e publicá-las também. Pus mais um vídeo do gatinho no You Tube: