Sabe aqueles dias em que se aprende pelo menos uma lição de vida, aquele momento de epifania, revelador, de tirar o fôlego, algo que vai te marcar pelo resto da vida (quase como se fosses um boi, marcado, correndo pro corredor do abate)? Sabe isso? Pois é, meu amigo. Sinto te dizer, mas nem todo dia é feriado...
No geral, o sol vai nascer. Pode estar encoberto, tosco, cinza. Mas é só essa coisa das nuvens na frente dele. Na real, lá por trás, ele continua pegando fogo. Além disso, os outros viventes que circulam por aí (mesmo que não tracem caminhos paralelos aos teus, ou que não
cruzem contigo), vão, em sua maioria - porque, claro, alguns felizardos sucumbirão -, continuar a comer cocô e cagar feijão com arroz.
Dia após dia, sol após lua, após sol, após lua... O girar da roda, o andar da carruagem, o cavalgar dos cavalos e etc, toda essa rotina maquinal, a poluição dos carros, o "tlec-tlec" dos teclados, o "toc-toc" dos calçados e etc, toda essa rotina maquinal, a alta da bolsa, a baixa do dólar, a média do PIB e etc, toda essa rotina maquinal. Nasce, inspira: estuda, corre, trabalha, constitui família, cria patrimônio, morre: expira.
Seríamos mais felizes se ainda uga-bugássemos...