Pois bem... Mais um ano que vai se aproximando do fim e tal qual uma lesma se dirigindo ao final do ramo, aquele longo caminho que era antes visto como algo quase inatingível no começo da trajetória, agora vai rumando a sua conclusão. E, tal qual uma lesma, a conclusão que tiro é um "tá, mas e aí?"
Não importa se o que eu fiz esse ano me elevou como um cidadão ou representante dessa cambaleante espécie. Não quero saber se vou ter um marco na história da humanidade ou se vou continuar a ser... quem eu sou! O que os nossos grandes amores e tragédias importam, afinal, para a maior e mais importante "história do mundo"? Ou pior: para a "história do cosmos"? Acho que a metáfora de deus é muito boa pra provar a nossa insignificância, o problema é que o nosso ego nos fez a sua imagem e semelhança, e daí a ideia da humildade fica meio que jogada pra escanteio...
O nosso mundo não é o único que existe e acredito piamente que não seja o único a sustentar seres vivos - e, por que não, inteligentes. Mas continua sendo o único no qual podemos de alguma forma capenga, sobreviver. Desrespeitando a continuidade da vida, desconsiderando o mínimo de consciência prática da continuidade do nosso próprio gênero. Mas ainda assim, a gente vai levando. E se continuarmos assim, todos vão levar na bunda...
Mas, mais uma vez, este planetinha de merda, esse pálido pontinho azul, conseguiu dar mais uma volta no sol! E, veja só, mesmo que não estivéssemos aqui, ele conseguiria.
Isso aí!! Então, brindemos a isso e que venha mais uma inconsequente temporada desse seriado insano chamado "O homem e sua supremacia ante ao universo"...